segunda-feira, 28 de agosto de 2017

INCLUSÃO DE ALUNO PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA E VISUAL NA AULA DE EDUCAÇÃO FISICA

A cada ano, aumenta o número de alunos com deficiência nas escolas regulares e, conseqüentemente, o desafio de garantir uma real inclusão em todas as disciplinas. Pensando nisso, várias escolas têm mudado o formato de suas aulas de Educação Física, dando menos enfoque nas técnicas esportivas e mais atenção para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos sobre o corpo humano.

As aulas de Educação Física são um dos momentos importantes de interação social o qual as crianças aprendem a dividir seu espaço, trabalham suas frustrações em jogos de ganhar e perder, valorizam o trabalho em equipe e principalmente, adoram esse momento! O problema acontece, quando temos crianças com necessidades especiais. Na maioria das escolas, as crianças com necessidades especiais não participam das aulas de educação física, permanecem como observadores ou são encaminhadas para outros ambientes da escola. Dificilmente são desenvolvidas atividades para a inclusão desses alunos. Atualmente existem esportes adaptados, porém, para que as aulas de educação física sejam inclusivas, é necessário que haja a participação e convívio de todos os estudantes durante as atividades com o intuito de desenvolver o conhecimento da cultura corporal e não de aptidões físicas e habilidade motoras.

Um professor de educação física do 5° ano da rede pública municipal de Vitória da Conquista, na Bahia, ressalta que as mudanças paradigmáticas observadas no cenário educacional recente têm contribuído significativamente para o reconhecimento e o respeito às diversidades individuais dentro do ambiente escolar. “Em nosso país, essa mudança de postura pedagógica voltada para a Educação inclusiva que atenda a todos sem distinção veio ratificar normas sobre a igualdade de oportunidades para todas as pessoas, incluindo neste rol as com algum tipo de deficiência, o espaço escolar, em todos os seus momentos, deve permitir as interações entre os alunos”, disse o professor.
Para sair da tradicional aula de educação física entre quatro paredes e incluir todos os alunos, o professor que possui 10 alunos portadores de deficiências físicas e 8 alunos portadores de deficiência visual, resolveu utilizar uma quadra adaptada, cadeiras de rodas motorizadas e uma bola esférica que emite um som através do qual os jogadores possam percebem a bola em quadra.
“Antes de inventarem a inclusão, eu ficava só observando os meus colegas a brincar, às vezes a professora me auxiliava para dar duas voltas ao redor da quadra e depois eu ficava apenas olhando. Agora eu participo, as vezes ganho, outras perdemos o jogo, mas é bem divertido”, relatou uma das alunas.

O que se busca no processo avaliativo com os alunos é, primeiramente, a participação e a integração de todos durante a aula, seja essa participação parcial ou integral, dada às limitações individuais de alguns alunos. A partir daí, conduzi-los a uma aprendizagem dos conteúdos, sendo esta verificada através da participação e do envolvimento dos alunos, da identificação, por meio de gestos e verbalizações, das principais características da atividade proposta e também do reconhecimento das semelhanças e diferenças entre os conteúdos tratados

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